terça-feira, 13 de outubro de 2009

A metamorfose da sala de aula para o ciberespaço

A metamorfose da sala de aula para o ciberespaço

Rosemeire Carvalho do Amaral


O texto aborda a interação da educação com as novas tecnologias digitais e a transformação do ambiente de aprendizagem.

As novas dinâmicas do aprender mostram que está ocorrendo a transformação do pensamento linear para o pensamento hipertextual no processo de construção do conhecimento requerendo a transformação da prática pedagógica que reconheça o aprendiz na sua multidimensionalidade.

A utilização adequada das novas tecnologias na educação propicia a criação de um ambiente de aprendizagem próximo da natureza viva e interdisciplinar do processo de construção do conhecimento reconhecendo que a vida e a aprendizagem não estão separadas.

A prática pedagógica ainda caminha a margem do avanço tecnológico. O uso das novas tecnologias em processos de aprendizagem precisa trazer, em si, um novo caráter. Neste sentido, a informática na educação poderá ser estímulo provocador na inovação, se for identificado onde pode realmente ser inovador.

A educação engessada por linguagem e cegueiras paradigmáticas não consegue dar conta de conhecimentos disponíveis e emergentes. Vivemos numa época que importa repensar o fazer pedagógico e diante desta nova visão reassumir a pedagogia da pergunta e da complexidade que possibilita aprender a trabalhar com a diversidade, a surpresa e a imprevisibilidade.

Na era das transformações a meta tem sido a desconstrução das teorias trazendo consigo a necessidade de conhecer, avaliar a onda digital para saber lidar e até confrontar as transformações do pensamento caracterizado pela imprevisão, o acaso, o desconhecido, o complexo. A interação sujeito / objeto muda o foco do sobreviver para o saber viver e o conhecimento pode ser também autoconhecimento. A incerteza passa a ser a chave do entendimento de um mundo contemplativo e não controlado.

As mudanças acontecem em todas as dimensões da sociedade. A crescente complexidade das relações sociais com sua diversidade e a rapidez de transformação exige um perfil social mais flexível, estratégias colaborativas que envolvam todos os membros do grupo e requer que a educação exerça de maneira aberta e dinâmica a organização do processo de adaptação entre homem – sociedade – natureza.

Aprender a aprender é a dinâmica atual, aprendizagem contínua ao longo da vida e exige que a educação desenvolva habilidades para contextualizar e globalizar os saberes, requer ainda que a educação desenvolva a pluralidade de olhares que enxerga o conhecimento como fenômeno multidimensional. Nesta configuração rompem-se os limites que separam as disciplinas dando vazão a interdisciplinaridade que pode significar troca e cooperações; a multidisciplinaridade que constitui uma associação de disciplinas, entorno de um projeto ou de um objeto que lhes sejam comuns; e a transdisciplinar que trata de esquemas cognitivos que podem atravessar as disciplinas.

A multidisciplinaridade de olhares permite ver os processos que são intersubjetivos e não somente os diferentes procedimentos metodológicos, técnicos e instrumentais.

Múltiplos olhares mostram que, de maneira solidária e interativa, são desenvolvidos: a individualidade, a cerebralização, as possibilidades de escolha ao mesmo tempo em que desenvolvem a emancipação do conhecimento e a complexidade social.














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